TULUM –
Fomos ao nosso
passeio solo. Apanhamos um ônibus da ADO na rodoviária rumo a Tulum. Ônibus confortável,
diga-se de passagem, e o trajeto foi divertido por conta de um filme exibido a
bordo.
Em Tulum,
descendo do ônibus, recebeu-nos um calor intenso, úmido, que nos fez transpirar
abundantemente. Já era tarde e como sei que o mano chora de fome, optamos pelo
almoço para fugir ao clima tórrido.
Não me
perguntem o que há em
Tulum. Apenas descemos do ônibus que deixa os passageiros
próximo à zona arqueológica, entramos no primeiro restaurante mais decente que
encontramos e após o almoço, caríssimo, por sinal, apanhamos uma jardineira até
a entrada da zona, para fugir à caminhada no sol inclemente.
Carlos, como
sempre, decidiu ficar morgando na entrada do parque. A ele não interessa ver
pedras. Hahahaha.
Realmente, é
preciso muito amor para querer ver a fortaleza aquela hora – duas horas da
tarde. Mas valeu a pena.
Tulum não é
grande, mas tem sua importância por ser a última cidade maia. Centro comercial
e costeiro.
Uma coisa
é ver fotos desses lugares. Outra é estar nesses lugares e sentir a energia
emanada. É uma emoção em exponencial. A mim me enleva essas visitas e me
esqueço de calor, fome, cansaço... Mergulho e vivo na História. Faço parte
dela.
Entramos em
Tulum pela parte esquerda da muralha. A primeira visão que se procura é do
Castelo, a construção maior e mais importante, à beira do mar.
A arquitetura de Tulum apresenta
características similares às de Chichén Itzá e Mayapán, enquanto com
modalidades regionais que caracterizam o estilo chamado “ a costa oriental”.
As construções são de pequenas
dimensões e de pouca complexidade, altura e qualidade. As paredes eram cobertas
de estuco e nas fachados utilizaram
esculturas, assim como pintura de alegre colorido que lhe davam um
acabamento vistoso de fortes contrastes.
A Casa do
Cenote é a primeira construção. O Grande Palácio, (El Castillo) que nem é tão grande. O pátio é cercado por pequenos edifícios que enfrentam para a cidade. A
grande escadaria que conduz à entrada do templo tem duas colunas de
serpentes semelhantes às encontrados em Chichén Itzá. O friso da
fachada é composto por três nichos de esculturas de estuque e no centro é
um deus descendente. Os cantos de El Castillo estão decorados com
máscaras de estuque com grandes Plumas.
O
Templo do Deus Descendente, dedicado ao Sol se pondo. Há quem interprete o
homem de cabeça para baixo como sendo uma alusão ao deus abelha, referindo-se
ao mel e ao planeta Vênus. Vale lembrar que Tulum seria a cidade onde primeiro
se via o sol nascer e onde se via o sol se por.
No Templo do
Deus Descendente há representação de um deus em forma antropomórfica, de cabeça
para baixo, representando o deus Abelha, em alusão a Vênus.
Sem dúvida é um dos mais belos de Tulum. Seu nome se deve ao
nicho na parte superior da porta, onde se destaca a escultura de um personagem
com asas que está descendo do céu. Suas pernas estão para cima, seus braços
para baixo, tem um toucado na cabeça e sustém um objeto entre as mãos,
Ainda hoje é um edifício admirável, há mais de 500 anos era
o mais belo, pois o templo era decorado por dentro e por fora, com numerosas
representações de deuses em murais.
Os muros e a porta não estão totalmente verticais, mas
inclinados. Isso não é resultado do tempo, senão que foi assim construído
originalmenteAo lado do Castelo há uma escada que dá acesso à praia abaixo, onde os visitantes podem se refrescar nas azuis águas do Caribe.
Na estrutura chamada Os Afrescos, vê-se um ser de cabeça para baixo segurando um cordão umbilical.
É incrível como
o lugar é cheio de iguanas. Vimos um guia que levou flores de flamboyant
e deu a uma iguana, moradora de um dos edifícios, a quem chamou pelo nome
de Shakira. Docilmente Shakira atendeu ao chamado e se regalou com a flor. Io
decretou que as iguanas são as guardiãs do local.
Para variar, os principais monumentos estavam fechados à visitação.
A visita
completa à cidade murada não demorou muito e voltamos cedo a Cancun.
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