domingo, 16 de junho de 2013

CANCUN



VOANDO PARA CANCUN
Pra início de conversa vamos  entender o que significa Cancun. Em maia Kaan Kun significa “ninho de serpentes”. Tamos feitos! Que venham as serpentes.
Hora de deixar Ciudad de México e ir ao lugar mais badalado do México – Cancun. Contratamos um taxi disfarçado que fica à porta do hotel. Segurança e conforto garantidos pelo motorista Eduardo e o melhor – chegamos no horário previsto, considerando o trânsito parado que pegamos ontem durante o passeio do tribus.

Voar pela Volaris foi uma surpresa agradável. Aeronave nova, bancos de couro, tripulação simpática e passageiros bem arrumados. Nada de farofa. Saída no horário estipulado. Desvantagem – só 15 quilos de bagagem no porão e mais 10 de bagagem de mão. Mas, você pode pagar uns 25 dólares por mais 10 quilos no porão. 

Mentira. Na volta descobri que se paga muuuito mais!

Dica – faça seu check in pela net e imprima, com direito a escolher assento ou chegue mais cedo ao aeroporto e faça o check in nos totens do saguão, sem custo. Caso contrário, morrerá em 20 pesos por passageiro.

Chegando ao aeroporto de Cancun, que não tem nada de pequeno, a jogada é reservar o transfer com a própria Volaris ao custo de 7 dólares por pessoa, você é deixado no seu hotel no sistema shuttler. Ou, se for mais elitista, 35 dólares para um carro particular, estalando de novinho, com todo conforto para levá-lo ao hotel. Ai pode ser uma pessoa ou cinco, tanto faz. Será uma corrida particular.

Cá pra nós. A amiga da nossa anfitriã cobrou  60 dólares para nos apanhar no aeroporto. OOOOPS!!!
Claro que pulei fora.

Voilá, eis nosso hotel na zona hoteleira de Cancun, onde chegamos embabascados com a arquitetura dos hotéis ao longo do caminho. Cada qual quer ser mais bonito que o outro. Tremenda competição.

Na portaria do hotel, um contratempo. Esqueci do aviso de que o povo da recepção do hotel não é lá muito simpático e acho que pegamos o cara mais antipático que existe no México. Depois descobri que o antipático master não é nada mais do que o próprio dono do hotel. Um nojo o homem. A antipatia em pessoa. Aliás, foi o único mexicano  antipático que encontramos em toda nossa temporada.

Bom, na verdade contratamos um apart dentro do hotel, ou seja, um apartamento que  pertence a um condomínio DENTRO DO HOTEL e ficou bem patente que a administração quer comer o fígado dos condôminos que alugam seus imóveis. O cara nos deu a entender que o condomínio era em outro prédio quando, na verdade, estava a 20 metros da recepção, no mesmo andar.
Para complicar, a dona do apart não estava no apartamento dela. Daí vem um minuto de puta merda!

Mas tudo se resolveu quando o enjoado com TPM, ao custo de 10 pesos , começou a ligar pra o telefone da Michelle. Nesse exato momento, passa uma gringa loira, olhando para as malas. Arrisquei. Michelle???
Resposta de lá – FRAAAAAAAAAAAAAAN??????

Pronto. Segurança para todos e o apart é uma gracinha, com uma vista para o nosso quintal temporário – o mar do Caribe de uma variedade de tons de azul e verde, onde nos aboletamos com todo gosto.

Em 5 minutos o apart estava com nossa cara – tudo espalhado! É o que eu chamo de bagunça organizada. Hehehehe

Primeira providência, conhecer o nosso quintal, dar uma voltinha, sentir as ondas nos pés, a areia fina e branca, o marulhar, gaivotas, olhar ao redor e agradecer por todas as dádivas recebidas.





Do outro lado da avenida está a lagoa Nichupte.
Segunda providência, tomar um bus até o primeiro centro comercial para comprinhas básicas. 

A Av Kuklucan é super hiper ultra bem servida de ônibus. Passam a cada minuto e por 8,50 pesos levam você ao centro.

Seguindo as instruções da Michelle, descemos na parada do Kuklucan Plaza, um shopping que é puro luxo! Mas o que queríamos estava do outro lado da pista. Um Extra 24 horas, que não da rede do nosso extra brasileiro.

Mas quem disse que não entramos naquele luxuoso shopping e demos uma espiada. Surpresa! O que encontramos de brasileiros  se jogando nas compras, não está escrito. Sinceramente? Não vi nada com preços convidativos. Nada me chamou pedindo para ir comigo para o Brasil. Pura ilusão de  turistas deslumbrados.




Sábado, primeiro dia efetivo em Cancun. Ir ao mercado 28 que, segundo alguns blog, é um lugar popular, com artesanato, restaurantes típicos... E lá fomos nós enchendo os olhos com tantos hotéis maravilhosos à passagem por quilômetros e quilômetros. São 20 quilômetros de Boulevar Kuklukan, ou seja, hotéis, hotéis e hotéis.

Da parada do R2 que tomamos até o Mercado 28 foi como passar por um corredor polonês. Os vendedores são insistentes e querem a todo custo fisgar o cliente. Você ouve trocentas vezes – Hablas español? Pasa usted! Venga, hay promociones! Ufa!

Finalmente chegamos ao mercado 28 e o corredor polonês se fechou mais  ainda nas alas de tendas. Um suplício. Normalmente a mercadoria é a mesma. Só muda o preço, quando muda.

Mas queríamos mesmo era almoçar. Escolhemos o restaurante popular mais cheio. Escolha feita entre tantos chamados. Caramba! Almoçar aqui é três vezes o preço que pagávamos em Ciudad de México! Almocinho básico – peixe empanado, camarão empanado. Extravagância mesmo foi só uma garrafinha de Corona Extra.

Paradinha básica numa agência de viagens para saber o preço de diária de um carro. Esse povo acha que todo turista é RIIIIIIIIIIIICOOOOO! 80 dólares! Ô louco! 

Mas diversão ficou por conta do dono da agência – Juan Manuel – que em dois minutos já pedia a Io em casamento e me chamava de suegra. Arre égua! Eu mereço! Um genro com quase 70 anos  com a maior cara de pinguço??? Não, obrigada. Valeu pela diversão.

Como queríamos um pacote pra irmos ao XCaret, a agência nos encaminhou a uma promoção no dia seguinte no Hard Rock Hotel. Um carro viria nos apanhar no hotel às 8.30 horas.

E não foi que vieram mesmo? A tal promoção, na verdade, era um café da manhã no hotel onde um vendedor de plano de clube de hotel nos esperava. 4 horas de café da manhã, ambiente luxuoso, tequilas, piñas coladas, mojitos e até o almoço para nos cantar.







Ao final do dia saímos com 3 passeios com preços que até Deus duvida – Xcaret, Chichen Itzá e XPlorer. Tudo da melhor qualidade.

Aliás, eu preciso dizer algumas coisas sobre Cancun – apesar de estar no México, na Península de Yucatán, formada de três Estados, entre eles o Quintana Roo, onde está Cancun, posso dizer com toda segurança que me sinto numa cidade americana, com sistema americano em tudo – arquitetura, modo de viver, ruas, tudo, tudo... A rede hoteleira é toda administrada por estrangeiros. Você não vê mexicanos nos cargos altos da administração. Na verdade os mexicanos são empregados para os cargos mais baixos. São os que carregam o piano!

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