VOANDO PARA
CANCUN
Pra início de
conversa vamos entender o que significa
Cancun. Em maia Kaan Kun
significa “ninho de serpentes”. Tamos feitos! Que venham as serpentes.
Hora de deixar
Ciudad de México e ir ao lugar mais badalado do México – Cancun. Contratamos um
taxi disfarçado que fica à porta do hotel. Segurança e conforto garantidos pelo
motorista Eduardo e o melhor – chegamos no horário previsto, considerando o
trânsito parado que pegamos ontem durante o passeio do tribus.
Voar pela
Volaris foi uma surpresa agradável. Aeronave nova, bancos de couro, tripulação
simpática e passageiros bem arrumados. Nada de farofa. Saída no horário
estipulado. Desvantagem – só 15 quilos de bagagem no porão e mais 10 de bagagem
de mão. Mas, você pode pagar uns 25 dólares por mais 10 quilos no porão.
Mentira. Na
volta descobri que se paga muuuito mais!
Dica – faça seu
check in pela net e imprima, com
direito a escolher assento ou chegue mais cedo ao aeroporto e faça o check in nos totens do saguão, sem
custo. Caso contrário, morrerá em 20 pesos por passageiro.
Chegando ao
aeroporto de Cancun, que não tem nada de pequeno, a jogada é reservar o transfer com a própria Volaris ao custo
de 7 dólares por pessoa, você é deixado no seu hotel no sistema shuttler. Ou,
se for mais elitista, 35 dólares para um carro particular, estalando de
novinho, com todo conforto para levá-lo ao hotel. Ai pode ser uma pessoa ou
cinco, tanto faz. Será uma corrida particular.
Cá pra nós. A amiga da nossa anfitriã cobrou 60 dólares para nos apanhar no aeroporto. OOOOPS!!!
Claro que pulei fora.
Voilá, eis
nosso hotel na zona hoteleira de Cancun, onde chegamos embabascados com a
arquitetura dos hotéis ao longo do caminho. Cada qual quer ser mais bonito que
o outro. Tremenda competição.
Na portaria do
hotel, um contratempo. Esqueci do aviso de que o povo da recepção do hotel não
é lá muito simpático e acho que pegamos o cara mais antipático que existe no
México. Depois descobri que o antipático master
não é nada mais do que o próprio dono do hotel. Um nojo o homem. A antipatia em pessoa. Aliás, foi o
único mexicano antipático que
encontramos em toda nossa temporada.
Bom, na verdade
contratamos um apart dentro do hotel, ou seja, um apartamento que
pertence a um condomínio DENTRO DO HOTEL e ficou bem patente que a
administração quer comer o fígado dos condôminos que alugam seus imóveis. O
cara nos deu a entender que o condomínio era em outro prédio quando, na
verdade, estava a 20 metros da recepção, no mesmo andar.
Para complicar,
a dona do apart não estava no apartamento dela. Daí vem um minuto de puta merda!
Mas tudo se
resolveu quando o enjoado com TPM, ao custo de 10 pesos , começou a ligar pra o
telefone da Michelle. Nesse exato momento, passa uma gringa loira, olhando para
as malas. Arrisquei. Michelle???
Resposta de lá
– FRAAAAAAAAAAAAAAN??????
Pronto.
Segurança para todos e o apart é uma gracinha, com uma vista para o nosso
quintal temporário – o mar do Caribe de uma variedade de tons de azul e verde,
onde nos aboletamos com todo gosto.
Em 5 minutos o
apart estava com nossa cara – tudo espalhado! É o que eu chamo de bagunça
organizada. Hehehehe
Primeira
providência, conhecer o nosso quintal, dar uma voltinha, sentir as ondas nos
pés, a areia fina e branca, o marulhar, gaivotas, olhar ao redor e agradecer
por todas as dádivas recebidas.
Do outro lado
da avenida está a lagoa Nichupte.
Segunda
providência, tomar um bus até o primeiro centro comercial para comprinhas
básicas.
A Av Kuklucan é super hiper ultra bem servida de ônibus. Passam a cada
minuto e por 8,50 pesos levam você ao centro.
Seguindo as
instruções da Michelle, descemos na parada do Kuklucan Plaza, um shopping que é
puro luxo! Mas o que queríamos estava do outro lado da pista. Um Extra 24
horas, que não da rede do nosso extra brasileiro.
Mas quem disse
que não entramos naquele luxuoso shopping e demos uma espiada. Surpresa! O que
encontramos de brasileiros se jogando
nas compras, não está escrito. Sinceramente? Não vi nada com preços
convidativos. Nada me chamou pedindo para ir comigo para o Brasil. Pura ilusão
de turistas deslumbrados.
Sábado,
primeiro dia efetivo em
Cancun. Ir ao mercado 28 que, segundo alguns blog, é um lugar
popular, com artesanato, restaurantes típicos... E lá fomos nós enchendo os
olhos com tantos hotéis maravilhosos à passagem por quilômetros e quilômetros. São
20 quilômetros de Boulevar Kuklukan, ou seja, hotéis, hotéis e hotéis.
Da parada do R2
que tomamos até o Mercado 28 foi como passar por um corredor polonês. Os
vendedores são insistentes e querem a todo custo fisgar o cliente. Você ouve trocentas
vezes – Hablas español? Pasa usted! Venga, hay promociones! Ufa!
Finalmente
chegamos ao mercado 28 e o corredor polonês se fechou mais ainda nas alas
de tendas. Um suplício. Normalmente a mercadoria é a mesma. Só muda o preço,
quando muda.
Mas queríamos
mesmo era almoçar. Escolhemos o restaurante popular mais cheio. Escolha feita
entre tantos chamados. Caramba! Almoçar aqui é três vezes o preço que pagávamos
em Ciudad de México! Almocinho básico – peixe empanado, camarão empanado.
Extravagância mesmo foi só uma garrafinha de Corona Extra.
Paradinha
básica numa agência de viagens para saber o preço de diária de um carro. Esse
povo acha que todo turista é RIIIIIIIIIIIICOOOOO! 80 dólares! Ô louco!
Mas
diversão ficou por conta do dono da agência – Juan Manuel – que em dois minutos
já pedia a Io em casamento e me chamava de suegra. Arre égua! Eu mereço! Um
genro com quase 70 anos com a maior cara
de pinguço??? Não, obrigada. Valeu pela diversão.
Como queríamos
um pacote pra irmos ao XCaret, a agência nos encaminhou a uma promoção no dia
seguinte no Hard Rock Hotel. Um carro viria nos apanhar no hotel às 8.30 horas.
E não foi que
vieram mesmo? A tal promoção, na verdade, era um café da manhã no hotel onde um
vendedor de plano de clube de hotel nos esperava. 4 horas de café da manhã,
ambiente luxuoso, tequilas, piñas coladas, mojitos e até o almoço para nos
cantar.
Ao final do dia
saímos com 3 passeios com preços que até Deus duvida – Xcaret, Chichen Itzá e
XPlorer. Tudo da melhor qualidade.
Aliás, eu
preciso dizer algumas coisas sobre Cancun – apesar de estar no México, na
Península de Yucatán, formada de três Estados, entre eles o Quintana Roo, onde
está Cancun, posso dizer com toda segurança que me sinto numa cidade americana,
com sistema americano em tudo – arquitetura, modo de viver, ruas, tudo, tudo...
A rede hoteleira é toda administrada por estrangeiros. Você não vê mexicanos
nos cargos altos da administração. Na verdade os mexicanos são empregados para
os cargos mais baixos. São os que carregam o piano!
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