Fomos de Agra para Orccha de carro por uma estrada com um trecho bem esburacado.
Orchha foi fundada em 1501 AD, pelo rei da dinastia Bundela - Rudra Pratap Singh, que se tornou o primeiro rei de Orchha, (r. 1501-1531) e também construiu o Forte de Orchha. Ele morreu em um tentativa de salvar uma vaca de um leão. O Templo Chaturbhuj foi construído durante o tempo de Akbar, pela Rainha de Orchha, enquanto Raj Mandir foi construído por 'Madhukar Shah', durante o seu reinado, de 1554-1591.
Em uma ilha sazonal na margem do rio Betwa, que foi cercado por um muro parapeito, fica um enorme palácio-fortaleza. O forte consiste em vários edifícios ligados, construídos em diferentes épocas, dos quais o mais notável são o Raja Mahal e o Mahal Jahangir .
O Raja Ram Templo é construído sobre uma base quadrada e tem um exterior quase totalmente liso, projetando janelas e uma linha de cúpulas delicadas ao longo do cume. O Taj Jahangir é construído sobre uma base retangular e é aliviada por uma torre circular em cada canto encimada por uma cúpula, enquanto duas linhas de varandas apoiadas em suportes graciosos marcam os andares centrais. O telhado é coroado por oito grandes cúpulas caneladas, com cúpulas menores entre eles, ligados por uma balaustrada ornamental. O Taj Jahangir é considerado um espécime de singular beleza de arquitetura Mughal. Chaturbhuj Temple (Templo de Vishnu) é um antigo templo do século 9º.
Inúmeros cenotáfios ou Chhatris estão nas imediações do forte e o rio Betwa. Em outra parte sobre a cidade há uma variedade incomum de templos e túmulos, incluindo o templo Chaturbhuj, que é construído sobre uma vasta plataforma de pedra. (Wikipedia)
Nosso hotel não decepcionou – Orccha Resort, às margens do rio Betwa.
A primeira coisa que chama a atenção em Orccha é o rio Betwa, onde Rama, em seu exílio, juntamente com sua esposa, Sita e seu irmão, Laxman atravessaram o rio e ali Rama foi reconhecido por um asceta. “Consta que” Rama e seus companheiros passaram um tempo nessa localidade.(Ramayana) Verdade ou não, gostei do lugar.
Como não tínhamos tempo a perder, Gaurav e eu fomos para as visitas aos Palácios, forte e templos. Kim ficou no hotel.
A guia que nos acompanhou havia sido vacinada com agulha de vitrola. Falava rápido demais e tive dificuldade em acompanhá-la com seu sotaque carregado de Rs guturais.
Todas as construções estão sem conservação. Uma pena, pois são belíssimos. São 3 palácios principais, simetricamente concentrados: Raj Haha, Jahangiri Mahal e Raí Praveen Mahal.
Ah, as rainhas – ranis – de Orccha costumavam praticar o sati. Pulavam nas piras funerárias dos maridos. Eu, hein? Que virassem churrasquinhos sozinhos!
3 templos principais – Ram Raja, Templo de Lakshmi Narayan e o Templo Chaturbhuj, templo do Lord Vishnu, um templo imenso, imponente, mas entregue às baratas. O único templo ativo e bem cuidado é o de Rama.
Algum espírito de porco roubou a estátua de Lakshmi do templo. Desde então está inativo.
JAHANGIRI MAHAL
imagine, o rei Bir Singh Deo, da dinastia Bundela, construiu o Jahangiri Mahal, com 132 aposentos acima do pátio central e quase igual número no subterrâneo e passou apenas UMA NOITE lá. Ô, louco!
imagine, o rei Bir Singh Deo, da dinastia Bundela, construiu o Jahangiri Mahal, com 132 aposentos acima do pátio central e quase igual número no subterrâneo e passou apenas UMA NOITE lá. Ô, louco!
O palácio de arenito, em forma quadrada, possui azulejos embelezados com temas geométricos em lápis-lazúli, chhatris (pequenos pavilhões) e telas de jali ornamentadas.
A jali (ou Jääli, guzerate) é o termo para uma pedra perfurada ou treliça de tela , geralmente com um padrão ornamental construída através do uso de caligrafia e geometria . Trabalho inicial foi realizado pela escultura em pedra, enquanto a forma mais elegante usada pelos imperadores Mughals, era empregando a técnica de marchetear,, usando mármore e pedras semi preciosas. Nas Jali normalmente são usados padrões geométricos islâmicos , e menos frequentemente, arabescos .Wikipedia
Visitamos também os cenotáfios dos reis Bundela, à margem do rio Betwa, na Kanchana Ghat. Nossa, mais pareciam palácios.
Descobrimos a lojinha do hotel e fizemos umas comprinhas básicas. Não mais porque o Gaurav marcava colado. Não gosto de fazer compras de roupas com homem ao meu lado. Hahahaha.
Orccha, levantei cedinho, tipo 6 da manhã, catei as câmeras e corri para a beira do rio. Luz perfeita para fotografar.
Aiiiiiiii, no caminho rezei com um sadhu (homem santo. Tá que não era tão santo, até pediu dinheiro... hehehe) em uma capela improvisada a Shiva. Já disse que dos deuses indianos, aaaaamo o Shiva. Ele é dos côcos!
Ops, os indianos estavam no rio tomando banho ritual e rezando. Fiz uma série de fotos maravilhosas. Uma das devotas cantava, cantava e caia para trás no rio, Cantava, cantava, caia. As fotos dela ficaram maravilhosas.
A foto que mais me chamou a atenção foi de duas mulheres segurando um saree açafrão, finiiiiinho, contra o sol, para enxugar. Cheguei por trás e fotografei a cena. Observei que daria um excelente efeito, pois era possível ver as silhuetas das pessoas do outro lado.
Ainda dava tempo e corri, literalmente, ao templo de Rama que por ser de manhã, não abria. Mesmo assim, corri lá para fotografar.
Ao lado, o templo de Vishnu. Também fechado, mas valeu fotografar a fachada. O detentor da chave chegou e queria que eu fosse até o alto da torre, onde eu poderia ver os ninhos de águias selvagens. Eu, hein? Sozinha com ele? Como recusei, ele bateu a portinhola do templo na minha cara. Hahahaha.
No caminho de volta grupos e mais grupos de devotos se dirigiam aos templos. Consegui fotografar alguns, discretamente.
Um pequeno grupo se formou ao redor de uma banca de vender doces. Eu não comeria um doce daqueles nem por decreto!
Observei que eles estavam negociando a compra de doces, ou melhor, olhando os doces e babando. Infelizmente, na pressa de sair pra fotografar, não levei dinheiro comigo. Só tinha dólares. Ofereci 1 dólar pelo meio quilo de doces para distribuir com aqueles olhos desejosos. O sacana do moleque vendedor, não aceitou. Um quilo custava 50 rupias (1 dólar). Saí de grupo frustrada. Queria tanto ter visto o prazer naqueles rostos sofridos...
Observei que eles estavam negociando a compra de doces, ou melhor, olhando os doces e babando. Infelizmente, na pressa de sair pra fotografar, não levei dinheiro comigo. Só tinha dólares. Ofereci 1 dólar pelo meio quilo de doces para distribuir com aqueles olhos desejosos. O sacana do moleque vendedor, não aceitou. Um quilo custava 50 rupias (1 dólar). Saí de grupo frustrada. Queria tanto ter visto o prazer naqueles rostos sofridos...
Se eu fazer olhos desejosos, quanto voce me daria? ehehehehehe Show de bola dona Fran! :)
ResponderExcluirfantastic!!!
ResponderExcluirHaja cartão de memória heim Fran!! A propósito, quantas câmeras você levou?? kkkkk
ResponderExcluirMagna, levei uma nikon D90 e uma sony panoramica. mais uma câmera de vídeo que nem usei. Senti falta mesmo foi de bateria para a sony. Cartões de 16 gigas. O que faltou foi tempo para fotografar. Os guias tem rodinhas nos pés. São apressados demais. Tantos que melhores fotos foram as que tirei na margem do rio Betwa, sem guia pra me atrapalhar.
ResponderExcluirRealmente, ficaram sensacionais as fotos na margem do rio Betwa.
ResponderExcluirMais um dia de viagem, com fotos e relatos maravilhosos! Como sempre a arquitetura impressiona, pena ver tão largados....
ResponderExcluirBela descrição, Fran. Viajei junto!
bjs