sexta-feira, 24 de abril de 2015

JAIPUR

Jaipur é a capital do Estado do Rajastão, com cerca 3 milhões de habitantes e é chamada de a Cidade Rosa porque em 1786 o seu marajá mandou pintá-la dessa cor para receber a visita do Príncipe de Gales. Desde então a cidade vem sendo pintada, predominantemente, com essa cor.
Nosso hotel tem o prédio central  no estilo inglês, com jardim na frente onde o café da manhã e jantar são servidos.
À noite assistimos a  um show de marionetes e rimos como crianças, seguindo de uma garota dançando com potes na cabeça. Tadinha, ela era novinha e por sua expressão estava sentindo dores. Sua ajudante  procurava imitá-las, mas era muito fraquinha.
Na manhã do dia seguinte fomos para a visita ao Ambar Fort. No caminho paramos no Hawa Mahal (Palácio dos Ventos), pois a luz estava perfeita para fotografar. Um  dos comerciantes  estabelecidos em frente ao Palácio nos ofereceu para fotografar do telhado do prédio. Claro que não nos fizemos de rogados. Difícil foi depois escorregar dos convites para que entrássemos nas lojinhas do prédio.


O Hawa Mahal, ou o Palácio dos Ventos é um dos prédios mais conhecidos não só em Jaipur, mas em toda Índia. Jaipur é chamada de a Cidade Rosa e o Hawa Mahal é o maior exemplo. Trata-se, na verdade, de uma fachada com 953 janelas com treliças que lembram uma renda, conhecidas como jharokhas e impediam que as mulheres do harém fossem vistas pelo povo na rua abaixo, onde havia um mercado, ao mesmo tempo em que as mulheres tinham ali uma visão do mundo externo ao harém. Esse edifício foi mandado construír por ordem do marajá Sawai Pratap Singh, neto do fundador de Jaipur,Jai Singh II.
"O Palácio dos Ventos é o mais emblemático exemplar da arquitectura Rajput. Produzido à base de arenito rosa e vermelho, possui cinco andares, mas a largura é de uma só sala e as suas paredes não ultrapassam os 20 cm de espessura. A forma piramidal do edifício encontra fundamento na intenção do arquitecto, de seu nome Lal Chand Ustad, de o assemelhar à coroa do deus Krishna, ao qual seria mais tarde dedicado.

A denominação “Palácio dos Ventos”, que equivale a uma tradução de “Hawa Mahal”, também se deve à existência de centenas de janelas na fachada, que possibilitam que uma brisa (hawa) circule no interior do edifício e o mantenha fresco até mesmo nos meses mais quentes. Esta é, sem dúvida, uma vantagem para os visitantes do Museu Arqueológico que actualmente o ocupa, exibindo esculturas e peças de artesanato antiquíssimas, inclusive do século II a.C."

Novamente me aparece um guia. Que raios! Mais um que insistiu em nos acompanhar, apesar da nossa cara amarrada.
Esse guia ainda foi mais abusado. Ele nos disse que  teríamos que pagar 500 rupias cada um para subirmos de elefante. Mais 400 rupias para entrar no Forte. Os meninos subiram de carro, por ser mais barato.
Ai, novamente visitar lugares históricos com guia... afffff. Parece visita de médico.
A burra aqui disse que precisava trocar dólares. Claro, fiquei com a cara de tacho. O malandro me levou numa agência da West Union, com câmbio a 59 rupias por dólar, para mais tarde eu descobrir que o câmbio era de 60 rupias. E não foi só isso. O cretino do guia cobrou mais 400 rupias para cada um entrar no Palácio da Cidade. Não explicou nada, não mostrou um prédio que fica bem no meio e o pior – desviou-nos da Porta de Shiva, toda decorada com motivos de pavões! Que óoooooooooooodio! Morre, desgraçado!
Não, não parou ai, não. O sacana cobrou mais 200 rupias para entrada no Jantar Mantar. Claro que ele não sabia nada sobre o Jantar Mantar que não estivesse na net. Ou seja, dinheiro jogado fora.
Como queríamos ir ao interior do Palácio dos Ventos e ele não tinha mais como dizer que teria que comprar ingresso, procurou nos persuadir a não entrar, alegando que lá não tinha nada. Adriana e eu batemos o pé. Ai ele teve que nos entregar os ingressos e descobrimos o quanto ele havia nos roubado. Como se não bastasse haver ficado com 300 rupias do câmbio, preste atenção no quanto mais ele embolsou – O ingresso no valor de 400 rupias cada, dava acesso ao Ambar Fort, City Palace, Jantar Mantar, Palácio dos Ventos e mais 3 ou 4 lugares! E o ladrão nos cobrou por cada lugar que visitamos!!! E ainda demos gorjeta para o desonesto. Ainda queria nos acompanhar nas compras.
Ai fiquei mesmo EMBUCETADA!!!
Louca da vida e da bolsa, escrevi ao Naeem. NÃO QUEREMOS MAIS GUIA, NEM COBERTO DE OUTRO, NEM NOS PAGANDO.
Tive que ser dura, grossa mesmo com o Naeem para que ele entendesse que não estávamos nem um pouco satisfeitas com a desonestidade de cada guia que aparecia.
Enfim, visitamos o Palácio dos Ventos sozinhas, sem ninguém nos vigiando  nem enchendo o saco dizendo – chalo, chalo!
À noite ainda teríamos uma atividade – ir a um local fora do centro, onde há réplica de uma aldeia típica do Rajastão. Em lá chegando, passamos por uma procissão de um noivo. Pelo jeito, a festa estava animada. Claro que o Délcio e o Marcello optaram por ir fotografar o casório enquanto iríamos à tal aldeia.
Bom, depois de olhada e análise rápida de que o lugar estava sem graça e o preço a ser pago não era nada convidativo e ainda ter um jantar apimentado, corremos atrás da procissão do casamento.
Munidas de nossas câmeras lá nos misturamos como fotógrafas e logo fomos convidadas a “enjoy” a festa. Todo mundo queria ser fotografado. Mil poses.
O noivo, bem bonitinho, ricamente vestido, estava garboso montado em um cavalo branco. Vijay, era seu nome. E tome festa, sonzão, dança, fotos...
Resumindo, fomos todos convidados pelo pai do noivo para participarmos da festa, do jantar, de toda cerimônia...
Gente, um casamento hindu é cheio de salamaleques. Horas de procissão, de gente dançando, de doação de grana para o noivo e para a banda que toca sem parar. Enquanto isso o pobre do noivo estava que não se aguentava em cima do cavalo. Estava cansado e incomodado, tadinho.
A essa altura, Lakshmi e Io já eram “filhas” do pai do noivo.
Tá bom... vamos entrar na festa.
Aguardamos toda cerimônia da família da noiva receber o noivo à porta  do salão de festas. O noivo tocar com um cajado a imagem de Ganesha colocada no alto da porta. Descer do cavalo e prosseguir para encontrar a família da noiva. A mãe da noiva colocar tilak (marca vermelha colocada entre as sobrancelhas, usando "kumkum"; pó vermelho usado para marca social e/ou religiosa) na testa do noivo e iluminá-lo com uma chama de lamparina...
Uau! Coisa de cinema. Toda decoração, (embora pesada para o meu gosto), era coisa de Bollywood.  Palcos, projeções, mil mesas espalhadas, batalhão de garçons...
Ué, o jantar já está servido? Como assim? O povo come antes da cerimônia? Pois é. Comemos também, na maior boca livre e com o novo pai das meninas supervisionando se estávamos sendo servidos.
Muitos parentes do noivo queriam tirar fotos conosco. Depois descobrimos porquê. Isso dá status para o noivo (ou a noiva). As fotos serão exibidas com o comentário – vejam, nossos amigos do Brasil vieram para o casamento!
Hahahahaha
Enfim, foi tudo muito bom e nos divertimos muito. Pena que não pudemos ficar para a cerimônia em si, embora os noivos já estivessem na carruagem estilo Cinderela e sendo conduzidos para o altar, onde seriam realizados os votos e  as sete voltas em torno do fogo cerimonial.


Já era tarde e o nosso motorista, o Manoj, aguardava-nos. Devia estar morto de cansado. Havia dirigido o dia todo. Ele nem desconfiava que estávamos na festa de casamento. Hahahaha

quinta-feira, 23 de abril de 2015

PUSHKAR


Seguimos com o motorista até Pushkar onde o hotel era no deserto, fora da cidade, longe de tudo, em um lugar esquisito, sem nada por perto, escuro na entrada. E o pior – wi fi só na recepção e ainda teríamos que pagar. Um frio danado. Era deserto mesmo.
O negócio era comer algo leve, um banho e pular na cama e tentar dormir com a cantoria de um grupo de rapazes que comemoram algo. Talvez uma despedida de solteiro.
Até que dormir não foi tão ruim.
Acordar cedo e encontrar tudo coberto de névoa e o frio comendo de esmola. O hotel é meio simpatiquinho. Café da manhã  meio fraquinho e contadinho.
Fomos para a cidade para visitar o Lago Sagrado e o Templo de Brahma.
Ah, não, guia? Mas eu disse que não queríamos guia, mas o bicho grudou.
Não deu outra. O malandro nos levou para o cais do lago, nos jogando para um sacerdote que faria uma oração.
Puta merda! Nós caímos no conto do jantar! Cambada de estelionatários. Tudo combinado. O tal sacerdote nos fez repetir mantras, colocou um coco em nossas mãos, flores e no final mandou que repetíssimos que estávamos doando MIL RUPIAS para o jantar de Brahma. FDP! Nessa hora paramos a tal da oração. Como assim? MIL RUPIAS cada um de nós? Está louco? Se eu não pago um juntar de mil rupias para mim, vou pagar para Brahma que nem come? Vai em cima, vai embaixo, o tal do jantar dos estelionatários ficou em mil rupias pra mim e minhas filhas e o Délcio pagou junto com o Marcello, por serem “irmãos”. Sobrou pra Adriana que pagou sozinha. Os malandros ainda nos tomaram 3 MIL RUPIAS (cerca de 150 reais). Cambada de ladrões! Até hoje eu me odeio por não haver levantado e ido embora. Que se danassem as maldições que por ventura fossem proferidas.
O sacana do guia disse que não podia tirar fotos. Mentira. Tiramos todas as fotos. Foram tantas que até a Lakshmi escorregou e caiu no lago.
A essa altura, furibundos, queria mais era fotografar mesmo, nem que fosse proibido, e nem era, pois as pessoas até faziam poses para nós. Tudo que queríamos era sair dali. O tal guia ainda nos acompanhou até o Templo em visita corrida. Ele sabia que nós queríamos comprar algumas peças de prata e tentou ficar conosco, na maior cara de pau. Descartamos com todas as letras o sabidinho, com uma gorjeta minguada e ele ainda fez cara de frustrado.
Incrível como essa quadrilha tira dinheiro dos pobres peregrinos. São uns urubus!
Pushkar ficou sendo a cidade onde mais fomos explorados em nome de uma religiosidade fajuta. E nem sou lá tão fã do Brahma. Agora então, depois dessa ladroagem dos sacerdotes dele e seus comparsas, agora mesmo que nem quero conversa com seu Brahma.
Percorremos as lojinhas sozinhos para algumas compras.
No meio do caminho visitamos um templo jainista.


À tarde prosseguimos viagem para Jaipur e depois do check in no hotel, os meninos descobriram que rolavam dois casamentos nas imediações. Como a curiosidade matou o gato, Délcio e Marcello saíram para fotografar  os cortejos  dos noivos.

NAGDA, SAS BAHU, EKLING E PUSHKAR


A nossa primeira parada foi em Sas Bahu, que tem outras grafias como Saas Bahu.

Sas-Bahu ka Mandir, ou Sahastrabahu Temple, está localizado a leste do Gwalior Fort. Criado em 1092 pelo rei Mahipala da dinastia Kachchhapaghata (Kachchhwaha), este templo é uma das maiores maravilhas arquitetônicas situadas próximo ao Gwalior Fort. Ele tem 32 metros de comprimento e 22 metros na sua amplitude e tem três entradas,  a partir de três direções diferentes. Na quarta direção, há uma sala que está fechada no momento. O templo inteiro é coberto com esculturas, nomeadamente 4 ídolos de Brahma, Vishnu e Saraswati acima de sua porta de entrada. Entretanto, o calcário foi corroído ao longo do tempo  e há conflitos sobre se ele era um templo jainista ou um templo hindu.

Foi nomeado Sahastra Bahu, descrevendo Senhor Vishnu com mil mãos. Senhor Vishnu era adorado pela esposa do rei de Kachchhapaghata, mas quando a mulher de seu filho chegou, ela se tornou uma devota do Senhor Shiva. Assim, um outro templo ao lado do templo Vishnu foi construído, onde o Senhor Shiva foi adorado pela esposa do filho do rei. Em conjunto, esses dois templos foram nomeados 'templo Sas-Bahu', ou seja,  nora e sogra.


Templo dedicado a Shiva.








Da minha parte, não tenho dúvidas que se trata de um templo hindu.  No primeiro prédio há esculturas que já registram o Kama Sutra e na parte de cima da entrada há cenas do Mahabharat e passagens do Ramayana. Esculturas de Brahma, Shiva e Vishnu, Rama, Balarama e Parasurama são encontradas no exterior.
Entre os santuários restantes, um no Nordeste está intacto, com sua bela torre de pedra. Os nichos em suas paredes abrigam imagens de Brahma, Shiva e Vishnu, a leste, norte e oeste, respectivamente.

 Além do que, aquele belo Shivalinga na entrada não está ali de enfeite, né?

Na verdade, o complexo é constituído de dois templos sobre uma plataforma moldada. SAS é o templo maior, dedicado a Vishnu, está rodeado por dez santuários e BAHU, o menor, dedicado a Shiva é rodeado por cinco santuários.

Pois é. O templo todo é dedicado a Vishnu. Com muitas esculturas nas paredes, nas colunas... Lakshmi também está por ali.





Vishnu

Apsara, dançarina celestial.


Mas na parede de fora, lado esquerdo de quem entra, há esculturas  em posições do Kama Sutra. A turma já gostava mesmo de uma sacanagenzinha.






O segundo templo é menos enfeitado. A beleza fica por conta do pórtico de entrada.E, claro, esse templo é dedicado a Shiva.




Falando em entrada, que belo é o Shivalinga ali postado. Marcello que me avisou sobre ele e voltei correndo para vê-lo. Imaginem minha alegria. Abracei, beijei, chorei de emoção, de felicidade, chamando-o de meu Prabhu, meu Swami.



Um grupo de turistas italianos estava por ali e enquanto Marcello me fotografava, uma italiana me vendo de joelhos abraçada ao shivalinga, perguntou se eu estava passando mal. Entre choro e riso respondi que estava em êxtase. Uma idiota – só podia ser idiota, respondeu – ela tem problemas. Dizendo que eu deveria ser doida por estar naquela posição, abraçada a uma pedra (pra ela). A italianada toda me olhando achando tudo muito bizarro. Outra vez repeti – Estou em êxtase. Encontrei meu Swami. Claro que eles não entenderam nada e a idiota menos ainda. O único problema que ali existia era a ignorância dela. O guia do grupo deles explicou que eu estava reverenciando Shiva na sua forma de shivalingam e os abestados perderam interesse na cena. Ainda bem.

Shiva e Parvati no complexo Sas Bahu.



TEMPLO EKLING

Dali seguimos para o templo Ekling, que fica dentro da cidade de Nagda, a 5 minutos de carro. Há todo um aparato de segurança na entrada do templo. Não se pode entrar com câmeras. Peninha.

Na verdade, trata-se de um complexo de 108 templos,construídos em mármore e granito. com vários andares, sala elaborada com polares ou "mandap" no âmbito de um vasto telhado piramidal, dentro de altos muros, chamado de Eklingji ou Templo de Harihara (Vishnu e Shiva), também chamado de Templo Meera. Fica a 22 km de Udaipur e, normalmente, os peregrinos ali acorrem às segundas-feiras, dia dedicado a Shiva.
Ekling é uma forma de Lord Shiva, representado com quatro faces, esculpidas em mármore negro formando um shivalingam.
Esse complexo teve sua construção iniciada em 971 por Guhila, posteriormente chamado de Sesodia, da dinastia Mewar.
Inequivocamente, a deidade que preside o complexo é Lord Shiva. O maior e mais bonito templo a Ele é dedicado. 




Vendedores de flores e outros elementos para a puja para Shiva. Flores. Flores para meu amado.
Diante da porta de entrada, uma escultura de Nandi. Aproveitei para falar no ouvido de Nandi, para que ele avisasse ao Swami que eu havia chegado.

Havia uma fila de fiéis para entrar e passar diante do shivalinga com 5 faces. Um panchamurti, esculpido em pedra negra e todo enfeitado. As pessoas querem ficar um pouco mais diante daquela escultura que representa Shiva e há um guarda ao lado da porta impondo disciplina, fazendo com que a fila ande. Fui ficando um pouco para trás, permitindo que as pessoas passassem na minha frente, só para ficar um tiquinho a mais vendo tudo, observando tudo que rodeava o shivalinga.

Os devotos são realmente devotos. Tudo transpira devoção ao Glorioso. Um grupo de rapazes tocavam e cantavam glórias a Shiva. Entreguei minha puja e recebi uma rosa que veio com sal. (Pena, o sal matou a rosa). Tive que sair da frente do altar, ou melhor, o shivalingam nunca fica em um altar, mas no chão.
Templo de Shiva visto do lado de fora.


Permanecemos no templo o quanto pudemos. Os rapazes que tocavam e cantavam ficaram encantados com os dreds do Marcello.

Sair de Nagda foi meio complicado. Os meninos ficam para trás e haja demora. Aproveitei para tomar um caldo de cana de beira de estrada. Afff... O que não mata, engorda e seja o que Shiva quiser. Bom, estou viva e saudável pra contar tudim pra vocês. Hehehe

Caldo de cana na estrada. Sobrevivi.

Não basta ser caminhão. Tem que ser enfeitado.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

LAGO PICHOLA, EM UDAIPUR

Imagina, ir a Udaipur, a Veneza Indiana e não dar uma passadinha no famoso Lago Pichola. Parece nome italiano, né?


Lago Pichola, situado na cidade de Udaipur, no  Rajastão, é um lago artificial de água doce, criado no ano de 1362 d.C, e leva o nome da aldeia Pichola, nas proximidades. Trata-se de um dos vários lagos contíguos, e desenvolvido ao longo dos últimos séculos e em torno da famosa cidade de Udaipur. Os lagos ao redor de Udaipur foram criados principalmente através da construção de barragens para atender às necessidades de água potável e de irrigação da cidade e seus bairros. Duas ilhas, Jag Niwas e Jag Mandir, estão localizadas dentro de Lago Pichola, e foram desenvolvidos com  palácios que  oferecem vista para o lago



O Jag Niwas, ou Palácio do Lago, é um palácio de verão construído no século XVIII, pelo maharana Jagat Singh. O edifício encontra-se assentado numa fundação natural constituída por um rochedo de 4 acres (16,000 m²) na ilha do mesmo nome no Lago Pichola. Atualmente, o palácio acolhe um hotel de luxo de renome mundial, o Lake Palace Hotel, famoso pela gravação de um dos filmes do Agente 007 - 007 contra Octopussy.



Ao lado do palácio, vê-se sempre um barco estranho, todo colorido. É o barco da família real. Sim, ainda existe família real no pedaço.



Lembram do Palácio da Cidade? Então, em parte dele mora a família real e outra parte, bem maior, foi transformada em hotel de luxo.


Mas o bom mesmo é pagar uma taxa, apanhar um barco que o levará por um passeio pelo lago, passando próximo às ghats, onde as pessoas tomam banho, lavam roupa, lavam seus alimentos e sabe-se lá o que mais. O barco leva você para uma paradinha básica em uma das ilhas onde há restaurante, jardins bem cuidados e tem wi fi. hihihihihi.

Seu barco foi embora? Não se desespere. Logo virá outro e você poderá pegá-lo sem estresse. Desfrute desse pequeno luxo de ficar no meio do lago, debaixo de uma árvore frondosa ou sentar em um dos bancos de mármore e ficar lá, lagarteando. Sinta-se um marajá, ou  uma marani.

Saiba que essa ilha, a Jag Mandir, onde você é recebido em um ancoradouro cheio de imensos elefantes de mármore, tem uma história interessante. Diz-se que o príncipe Khurram, que veio a ser coroado como o imperador mogul, Shah Jahan, (vamos falar muito nele), quando se rebelou contra seu pai, (e a história vai se repetir), refugiou-se nessa ilha e ali teria tido muitas ideias para a construção do Taj Mahal. Isso teria se dado entre 1623 e 1624. Mas...espere aí...ele já era casado com aquela sazinha, a tal contumaz...ops...a Muntaz Mahal, apelido da dona   Aryumand Banu Begam? A dona moça já teria morrido? (Ela morreu ao dar a luz ao 14º rebento). Confere ai, produção!
Vamos ver algumas fotinhas do passeio.