Em outubro
de 2011 vim à Índia com minha tia Kim. Ao entrar no avião de volta ao Brasil,
decretei – Nunca mais volto aqui. Já vi tudo que eu queria.
Mas as
coisas não acontecem conforme nossos desejos. Neste meio tempo, apaixonei-me
terrível e perdidamente por Shiva e aí, do nada, recebo uma oferta tentadora de
um pacote, sabem aonde? Isso mesmo – Índia.
Minha mente
deu voltas. Só pensava em voltar à Índia. Usei como desculpa a promessa de dar
uma viagem às minhas filhas. Juntei a desculpa de que, se elas viessem
sozinhas, iriam passar por muitas dificuldades. Afinal, viajar pela Índia, para
nós ocidentais, é uma tarefa nada fácil. Todo mundo quer tirar vantagem de alguma forma.
Estrangeiro é visto como uma fonte de dinheiro. Não sabem que economizamos para
realizar uma viagem dessas, nada barata.
Enfim,
passei dos pensamentos para a ação. A princípio seríamos somente minhas filhas
e eu. Juntamos mais um agregado – Marcello. Do Marcello, veio o Délcio e da
minha parte, convidei Adriana, a quem eu conhecia apenas por Facebook e havia
falado com ela uma vez pelo skype.
A ideia foi
tomando forma e era só partir para a concretização. Começou o grande processo
de pesquisa de preços de passagens, negociações do pacote, afinal, eu não queria
o “basicão”, mas levar a turma para conhecer outros lugares interessantes. No
final, o roteiro ficou praticamente o que fiz da vez anterior.
Que tal
incluir Dubai, já que comprando as passagens pela Emirates teríamos o direito
de uma parada , sem pagar taxa de embarque? Assim foi.
Negócio
quase fechado, aproveitei uma viagem a São Paulo para oferecer o produto para
Adriana pessoalmente. Mais uma agregada. Pena que a agregação da Magna Morais
não se concretizou.
OK... eu
sentia nesse processo todo que havia um chamado a mais.
Organizamos
para nossa chegada coincidisse com o grande festival indiano – o Holi – o
festival das cores, da entrada da primavera, do ano novo solar, das
brincadeiras de Krishna com Radha. Era só escolher o lugar onde passaríamos o
Holi. Decididamente Delhi não seria a
melhor opção. Que tal conhecermos Udaipur, a Veneza Indiana, a Cidade Branca,
onde o Holi é intenso? Juntamos o útil ao agradável. Udaipur, pois.
Escolha de
hotéis, rejeitando aqueles que eu já conhecia e que não foram do agrado.
Reuniões com
os agregados, planos, instruções, em
meio de comidinhas...
Chegando a
data de embarque e os preparativos finais – vistos. Ai, os vistos. Uma
canseira. Um que preencheu o formulário errado, outro que fez as fotos erradas,
correria para arrumar tudo e entrar de última hora, literalmente, faltando
poucos minutos para encerrar o expediente na embaixada da Índia... adrenalina.
Chegou o
grande dia e haja tensão. Tensão maior quando, já na boca do caixa, ou melhor,
no check in, em São Paulo ,
o encarregado pergunta pelos vistos e todos apresentamos os vistos impressos e
aí o Délcio pergunta com a cara mais inocente – era para imprimir o visto? Juro, meu desejo era pular na jugular
dele. Isso sem contar que, apesar de eu haver alertado para a apresentação do
cartão de crédito com o qual comprou a passagem, cadê o raio do cartão? Mais um
corre-corre... mãaaaaae, envia foto do cartão... mãe, envia foto de uma
fatura... (ai, meus sais!).
Enfim, tudo
deu certo e lá estávamos a bordo da aeronave da Emirates. Voo perfeito,
comidinha boa, até o “barman” caprichou no coquetel com chocolate.
Voo
tranquilo até Dubai, o raio do fuso horário, mas nada que atrapalhasse os
planos.
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