Jaipur é a capital do Estado do Rajastão, com cerca 3 milhões de habitantes e é chamada de a Cidade Rosa porque em 1786 o seu marajá mandou pintá-la dessa cor para receber a visita do Príncipe de Gales. Desde então a cidade vem sendo pintada, predominantemente, com essa cor.
Nosso hotel tem o prédio central no estilo inglês, com jardim na frente onde o café da manhã e jantar são servidos.
Nosso hotel tem o prédio central no estilo inglês, com jardim na frente onde o café da manhã e jantar são servidos.
À noite assistimos a um
show de marionetes e rimos como crianças, seguindo de uma garota dançando com
potes na cabeça. Tadinha, ela era novinha e por sua expressão estava sentindo
dores. Sua ajudante procurava
imitá-las, mas era muito fraquinha.
Na manhã do dia seguinte fomos para a visita ao Ambar Fort. No
caminho paramos no Hawa Mahal (Palácio dos Ventos), pois a luz estava perfeita para
fotografar. Um dos
comerciantes estabelecidos
em frente ao Palácio nos ofereceu para fotografar do telhado do prédio. Claro
que não nos fizemos de rogados. Difícil foi depois escorregar dos convites para
que entrássemos nas lojinhas do prédio.
O Hawa Mahal, ou o Palácio dos Ventos é um dos prédios mais conhecidos não só em Jaipur, mas em toda Índia. Jaipur é chamada de a Cidade Rosa e o Hawa Mahal é o maior exemplo. Trata-se, na verdade, de uma fachada com 953 janelas com treliças que lembram uma renda, conhecidas como jharokhas e impediam que as mulheres do harém fossem vistas pelo povo na rua abaixo, onde havia um mercado, ao mesmo tempo em que as mulheres tinham ali uma visão do mundo externo ao harém. Esse edifício foi mandado construír por ordem do marajá Sawai Pratap Singh, neto do fundador de Jaipur,Jai Singh II.
Novamente me aparece um guia. Que raios! Mais um que insistiu em
nos acompanhar, apesar da nossa cara amarrada.
"O Palácio dos Ventos é o mais emblemático exemplar da arquitectura Rajput. Produzido à base de arenito rosa e vermelho, possui cinco andares, mas a largura é de uma só sala e as suas paredes não ultrapassam os 20 cm de espessura. A forma piramidal do edifício encontra fundamento na intenção do arquitecto, de seu nome Lal Chand Ustad, de o assemelhar à coroa do deus Krishna, ao qual seria mais tarde dedicado.
A denominação “Palácio dos Ventos”, que equivale a uma tradução de “Hawa Mahal”, também se deve à existência de centenas de janelas na fachada, que possibilitam que uma brisa (hawa) circule no interior do edifício e o mantenha fresco até mesmo nos meses mais quentes. Esta é, sem dúvida, uma vantagem para os visitantes do Museu Arqueológico que actualmente o ocupa, exibindo esculturas e peças de artesanato antiquíssimas, inclusive do século II a.C."
A denominação “Palácio dos Ventos”, que equivale a uma tradução de “Hawa Mahal”, também se deve à existência de centenas de janelas na fachada, que possibilitam que uma brisa (hawa) circule no interior do edifício e o mantenha fresco até mesmo nos meses mais quentes. Esta é, sem dúvida, uma vantagem para os visitantes do Museu Arqueológico que actualmente o ocupa, exibindo esculturas e peças de artesanato antiquíssimas, inclusive do século II a.C."
Esse guia ainda foi mais abusado. Ele nos disse que teríamos que pagar 500 rupias cada um
para subirmos de elefante. Mais 400 rupias para entrar no Forte. Os meninos
subiram de carro, por ser mais barato.
Ai, novamente visitar lugares históricos com guia... afffff.
Parece visita de médico.
A burra aqui disse que precisava trocar dólares. Claro, fiquei com
a cara de tacho. O malandro me levou numa agência da West Union, com câmbio a
59 rupias por dólar, para mais tarde eu descobrir que o câmbio era de 60
rupias. E não foi só isso. O cretino do guia cobrou mais 400 rupias para cada
um entrar no Palácio da Cidade. Não explicou nada, não mostrou um prédio que
fica bem no meio e o pior – desviou-nos da Porta de Shiva, toda decorada com
motivos de pavões! Que óoooooooooooodio! Morre, desgraçado!
Não, não parou ai, não. O sacana cobrou mais 200 rupias para
entrada no Jantar Mantar. Claro que ele não sabia nada sobre o Jantar Mantar
que não estivesse na net. Ou seja, dinheiro jogado fora.
Como queríamos ir ao interior do Palácio dos Ventos e ele não
tinha mais como dizer que teria que comprar ingresso, procurou nos persuadir a
não entrar, alegando que lá não tinha nada. Adriana e eu batemos o pé. Ai ele
teve que nos entregar os ingressos e descobrimos o quanto ele havia nos
roubado. Como se não bastasse haver ficado com 300 rupias do câmbio, preste
atenção no quanto mais ele embolsou – O ingresso no valor de 400 rupias cada,
dava acesso ao Ambar Fort, City Palace, Jantar Mantar, Palácio dos Ventos e
mais 3 ou 4 lugares! E o ladrão nos cobrou por cada lugar que visitamos!!! E
ainda demos gorjeta para o desonesto. Ainda queria nos acompanhar nas compras.
Ai fiquei mesmo EMBUCETADA!!!
Louca da vida e da bolsa, escrevi ao Naeem. NÃO QUEREMOS MAIS
GUIA, NEM COBERTO DE OUTRO, NEM NOS PAGANDO.
Tive que ser dura, grossa mesmo com o Naeem para que ele
entendesse que não estávamos nem um pouco satisfeitas com a desonestidade de
cada guia que aparecia.
Enfim, visitamos o Palácio dos Ventos sozinhas, sem ninguém nos
vigiando nem enchendo o
saco dizendo – chalo, chalo!
À noite ainda teríamos uma atividade – ir a um local fora do
centro, onde há réplica de uma aldeia típica do Rajastão. Em lá chegando,
passamos por uma procissão de um noivo. Pelo jeito, a festa estava animada.
Claro que o Délcio e o Marcello optaram por ir fotografar o casório enquanto
iríamos à tal aldeia.
Bom, depois de olhada e análise rápida de que o lugar estava sem
graça e o preço a ser pago não era nada convidativo e ainda ter um jantar
apimentado, corremos atrás da procissão do casamento.
Munidas de nossas câmeras lá nos misturamos como fotógrafas e logo
fomos convidadas a “enjoy” a festa. Todo mundo queria ser fotografado. Mil
poses.
O noivo, bem bonitinho, ricamente vestido, estava garboso montado
em um cavalo branco. Vijay, era seu nome. E tome festa, sonzão, dança, fotos...
Resumindo, fomos todos convidados pelo pai do noivo para
participarmos da festa, do jantar, de toda cerimônia...
Gente, um casamento hindu é cheio de salamaleques. Horas de
procissão, de gente dançando, de doação de grana para o noivo e para a banda
que toca sem parar. Enquanto isso o pobre do noivo estava que não se aguentava
em cima do cavalo. Estava cansado e incomodado, tadinho.
A essa altura, Lakshmi e Io já eram “filhas” do pai do noivo.
Tá bom... vamos entrar na festa.
Aguardamos toda cerimônia da família da noiva receber o noivo à
porta do salão de festas. O
noivo tocar com um cajado a imagem de Ganesha colocada no alto da porta. Descer
do cavalo e prosseguir para encontrar a família da noiva. A mãe da noiva
colocar tilak (marca vermelha colocada entre as sobrancelhas, usando "kumkum"; pó vermelho usado para marca social e/ou religiosa) na testa do noivo e iluminá-lo com uma chama de lamparina...
Uau! Coisa de cinema. Toda decoração, (embora pesada para o meu
gosto), era coisa de Bollywood. Palcos,
projeções, mil mesas espalhadas, batalhão de garçons...
Ué, o jantar já está servido? Como assim? O povo come antes da
cerimônia? Pois é. Comemos também, na maior boca livre e com o novo pai das
meninas supervisionando se estávamos sendo servidos.
Muitos parentes do noivo queriam tirar fotos conosco. Depois
descobrimos porquê. Isso dá status para o noivo (ou a noiva). As fotos serão
exibidas com o comentário – vejam,
nossos amigos do Brasil vieram para o casamento!
Hahahahaha
Enfim, foi tudo muito bom e nos divertimos muito. Pena que não
pudemos ficar para a cerimônia em si, embora os noivos já estivessem na carruagem
estilo Cinderela e sendo conduzidos para o altar, onde seriam realizados os
votos e as sete voltas em
torno do fogo cerimonial.
Já era tarde e o nosso motorista, o Manoj, aguardava-nos. Devia
estar morto de cansado. Havia dirigido o dia todo. Ele nem desconfiava que
estávamos na festa de casamento. Hahahaha