Decidimos que
precisávamos trocar dólares e o melhor câmbio, por incrível que pareça, era no
aeroporto. E fomos nós. Foi uma viagem. Uma viagem foi divertida. Nas estações,
entram nos vagões vendedores ambulantes. Mas os que mais chamam a atenção
são os portadores de – mochilas cantantes. O carinha vem vender CDs piratas e
trás uma mochila com as caixas de som dentro. Liga um discman e solta a música
a toda altura. Cada cd custa 10 pesos. Menos que um dólar.
Mas a farra ficou por conta de um vendedor ambulante que entrou no vagão com sua mochila cantante, oferecendo o cd do dia. Como ele vinha na minha direção e ele tinha deficiência visual, fotografei-o para postar aqui. Dois cliques a uma distância de uns 3 metros. Pois não é que o ambulante parou ao meu lado e - me olhou!!!??? Meu irmão, que vira o lance ficou sem voz e eu, à saída do vendedor, pasma, exclamei – o ceguinho me olhou! KKKKKKKKKKKKKKK
Novamente
retornamos ao Zócalo, só que nosso GPS (Io) errou e descemos uma estação antes,
e não apanhamos a conexão para o Zócalo. Mas... o errado estava quase certo. Da
estação Pino Suárez até a estação Zócalo, há uma passagem subterrânea repleta de
livrarias. Ô, dó! E já na praça, impossível ficar alheia à muvuca, ainda mais
intensa por ser sábado.
Como assim , 10
pesos para uma sessão de descarrego pelos astecas (ou maias, sei lá).
Pois é. Não resisti e me submeti a uma sessão com direito a sacerdote à
caráter, cheio de plumas, pinturas no corpo, adorno na cabeça feito de um
coiote, plantas, incenso fumegando num braseiro e toque de tambor, dança... Ali
mesmo, na esquina da praça, na calçada da catedral, com todo mundo
olhando, filmando... Um frisson!
Adoro um mal feito!
Adoro um mal feito!
E a Io dando
entrevista para alunos de uma faculdade mexicana.
A essa altura,
Carlos se perdeu entre os vendedores de bugigangas e fez sua festa particular. Para não
ter um irmão chorando de fome, resolvemos dar um pulinho num KFC ali por perto,
acreditando que comeríamos comidinha normal, sem pimenta. ERRADO! O frango era
vermelho de tanta pimenta. Impossível. Só escaparam mesmo o refrigerante e o
sorvete. O restante do almoço foi praticamente dado a quem precisava.
Aproveitei para entrar na famosa Casa dos Azulejos, ali mesmo no Centro Histórico, onde funciona, entre outras coisas um restaurante tradicional e chique.
Aproveitei para entrar na famosa Casa dos Azulejos, ali mesmo no Centro Histórico, onde funciona, entre outras coisas um restaurante tradicional e chique.
Seguindo
sugestão de alguns blogs, esticamos o dia até o Mercado de Mercedes. Isso sim
que é um furdunço! Nunca vi tanta gente, empurra-empurra... eeeeeeeeeeita!
queima fumaça velha! Neguin com sacos, sacolas, malas, tudo carregado na
cabeça, uma zorra na entrada da estação do metrô. Com muito custo chegamos ao
tal mercado e para nossa decepção, pelo que conhecemos, não passava de um
camelódromo gigante onde não encontramos nada do nosso agrado. Minto. Comprei
uma mochila de tecido, como quebra galho.
Na primeira
oportunidade fugimos daquela loucura correndo.
Bom, segundo
Io, o nosso dia não rendeu. Só saímos à noite pra um passeio pelas redondezas,
para conhecer a vizinhança, que é bem diversificada – basta dizer que se
chama Zona Rosa. Já disse tudo, né?
Ah, mas eu
queria ir à Glorieta Del Ángel, é um monumento majestoso que tem aqui próximo,
no Paseo da La Reforma.
Fomos a pé, já que é bem próximo. No retorno, com a fominha batendo, paramos num boteco pra comer uns tacos. De novo a droga da pimenta.
Fomos a pé, já que é bem próximo. No retorno, com a fominha batendo, paramos num boteco pra comer uns tacos. De novo a droga da pimenta.
Vamos
esclarecer uma coisa que fiquei sabendo depois – pimenta pros mexicanos é
diferente da nossa pimenta. A nossa pimenta é para eles chili. A pimenta
mexicana é uma bolinha escura que tem cheiro de cravo da índia. Eu, hein?
MUSEU NACIONAL DE ANTROPOLOGIA
MUSEU NACIONAL DE ANTROPOLOGIA
Decidir o que
fazer no domingo foi uma guerra de foice no escuro. Eu queria ir ao Museu
Nacional de Antropologia, apesar do medo de encontrar o museu supitando de
mexicanos que, aos domingos, não pagam. Io tomou isso como desculpa para dormir
até mais tarde, mas eu estava decidida e acompanhada do meu fiel escudeiro, Don
Carlón, lá fomos ao Museu Nacional de Antropologia, que fica em um parque
imeeeeeeeeeeenso – Parque Chapultapec.
UUIAA! Cadê os
mexicanos??? Tivemos o museu só pra nós. Aliás, o guarda nos mandou passar por
outra porta, destinada aos nacionais, que não precisam pagar. Ele nos confundiu
com mexicanos. Deve ter sido pelo El bigodón do Don Carlón. Hahahaha
Declinamos da
gentileza e informamos a nossa nacionalidade, afinal, a entrada só custava 57
pesos, como o preço estipulado em outros sítios culturais do México.
Infelizmente o
serviço de segurança não me permitiu o uso do meu pau. O bom aqui é que
você pode fotografar tudo, sem grilo, desde que não use flash. Menos mal!
OS MEXICAS foi um povo conquistador que chegou a Cuenca de México no final do século XII procedente da mítica cidade nortenha de Aztlan. Depois de um longo tempo de penúria, lograram estabelecer-se em uma pequena ilha dentro do lado Texcoco no ano 1325, o qual pertencia ao senhorio de Azcapotzalco, o mais poderoso até esse momento em todo o centro da Mesoamérica. Por vários anos os mexicas estiveram submetidos ao controle político e militar dos tepancas de Azcapotzalco até que depois de uma guerra lograram libertar-se do seu domínio e converterem-se, paulatinamente, no reino mais influente de Cuenca. Junto com os seus aliados, Texcoco e Tlacopan, formaram a Tríplice Aliança, sistema político tripartite que lhes permitiu controlar grande parte da Mesoamérica através de guerra de conquista. Seu domínio lhes permitiu obter produtos de terras distantes como plumas de aves procedentes das selvas do sudeste, pedras verdes, metais, peles de animais, produtos agrícolas como o cacau e o algodão, materiais de construção, conchas e animais marinhos das costas.
Entrada da Sala Mexica. O Calendário Asteca, ou Pedra do Sol, ao fundo. |
Não, eu não
queria me perder em
delongas. Pedi informação sobre a sala do Calendário Asteca e
fui direto a ela.
Ai, que delicinha, ter o calendário só pra mim naquela hora da manhã. Lá estava o danadinho, em lugar de destaque, logo de frente, todo imponente.
Ai, que delicinha, ter o calendário só pra mim naquela hora da manhã. Lá estava o danadinho, em lugar de destaque, logo de frente, todo imponente.
Eu confesso a
minha total ignorância até chegar ao México. Aquele calendário cheio de figurinhas,
redondo, tão conhecido como calendário maia, na verdade é ASTECA!!! Santa
Ignorância! Vai ver foi isso que houve todo esse fiasco sobre as profecias
maias. Tomaram alhos por bugalhos. É que a pedra acabou e o entalhador não teve
como assinar... fulano de tal – asteca. hahahaha
OS MEXICAS foi um povo conquistador que chegou a Cuenca de México no final do século XII procedente da mítica cidade nortenha de Aztlan. Depois de um longo tempo de penúria, lograram estabelecer-se em uma pequena ilha dentro do lado Texcoco no ano 1325, o qual pertencia ao senhorio de Azcapotzalco, o mais poderoso até esse momento em todo o centro da Mesoamérica. Por vários anos os mexicas estiveram submetidos ao controle político e militar dos tepancas de Azcapotzalco até que depois de uma guerra lograram libertar-se do seu domínio e converterem-se, paulatinamente, no reino mais influente de Cuenca. Junto com os seus aliados, Texcoco e Tlacopan, formaram a Tríplice Aliança, sistema político tripartite que lhes permitiu controlar grande parte da Mesoamérica através de guerra de conquista. Seu domínio lhes permitiu obter produtos de terras distantes como plumas de aves procedentes das selvas do sudeste, pedras verdes, metais, peles de animais, produtos agrícolas como o cacau e o algodão, materiais de construção, conchas e animais marinhos das costas.
Uma pedra de sacrifícios no primeiro plano |
Océlotl Cuauhxicalli |
OCÉLOTL
CUAUHXICALLI
Entre
os rituais mais importantes que se praticavam na Mesoamérica em geral, e em
Tenochtitlan em particular, estava o sacrifício humano. A crença na constante
renovação da força vital dos deuses, a partir do sangue o corações dos cativos
de guerra, fez com que esse ritual se incrementasse. Essa magnifíca peça,
elaborada em andesita, foi encontrada em 1901 embaixo do edifício do Marquês do
Apartado, no cruzamento das ruas Argentina e Conceles, no Centro Histórico da
Cidade do México. Junto com seu par, um cuauhxicalli
(suporte para oferendas) em forma de águia, também são representações dos
opostos complementares. Os cuauhxicalli , tiveram várias formas,
mas todos serviram para receber corações e o sangue dos prisioneiros
sacrificados, assim também como outros tipos de oferendas para os deuses. No lombo
do animal há uma taça decorada com duas imagens: uma do deus Huitzilopochtli e
outra do deus Tezcatlipoca, ambos perfurando o lóbulo da orelha. (Livre tradução).
Sabem como eu
fico num museu que eu gosto? Aonde tem coisas do meu interesse? Fico igual a
pinto no lixo! Rodei por horas as imensas salas dos mexicas fotografando
tuuuuuuuuuudo! Altares de sacrifícios, maquetes, retratinhos, deuses com os
nomes mais complicados e sempre com cara de zangados, animais, muitas
serpentes, descarnadas, peladas, ops, sem pele, emplumadas – onde já se viu uma
serpente com pluma? Só no imaginário do povo daqui.
Abaixo, imagem da Teocalli.
Abaixo, imagem da Teocalli.
TEOCALLI
DA GUERRA SAGRADA
A palabra náhuatl teocalli significa, literalmente, casa sagrada ou templo. Essa
maquete, elaborada em pedra, representa uma base com escadas à frente e travas
arrematando os lados, elementos típicos da arquitetura mexica. Está decorado
com imagens com uma forte carga simbólica. Na parte frontal observa-se um disco solar com o signo Nahui Olin (
Quatro Movimentos) no centro, signo associado com o Quinto Sol. Ao lado do
disco aparecem dois personagens. O da esquerda porta um elmo de ave, um colibri
e tem uma de suas pernas convertida em uma cabeça de serpente de fogo ou
Xiuhcoatl. É talvez a representação de Huitzilopochtli, deus patrono dos
mexicas com associações solares e bélicas. À direita aparece a imagem de Motecuhzoma Xocoyotzin, um dos maiores
governantes mexicas e com quem os espanhóis tiveram contato. Nas laterais da
base se observam dois casais de deidades
que portam facas de auto sacrifício. A parte traseira está decorada com a imagem
de uma águia sobre um cacto, mas em lugar de uma serpente, a ave leva no bico o
signo de atlachinolli, “água-fogo” que
simboliza a guerra. O cacto não surge de uma pedra, mas de uma deidade –
Tlatecuhtli, deus/deusa da terra. Essa maquete traz a data da fundação do
México-Tenochtitaln. (Livre tradução).
Uma estrela |
Uma estrela |
Serpente emplumada |
SERPENTES
As serpentes tiveram uma grande importância no pensamento mesoamericano. Associam-se com a terra, a água e o infra mundo. O perigo que as envolve fez com que se colocassem como uma das espécies mais importantes na cosmovisão.
Esta escultura, que se destaca por seu realismo e movimento, representa uma serpente cascavel enrolada mostrando sua língua bífida.
Continuando - braseiros, facas, crânios, oferendas, esqueletos, vasos, urnas funerárias... E ai a gente se dá conta de como as culturas são tão diversificadas. Ali estão crânios deformados de crianças que por isso eram sacrificadas, outros mais que deformavam o crânio por ser chique, para dar um ar de alta linhagem.
Duas
peças chamaram minha atenção – dois altares de sacrifício. A
engenhosidade dos altares para colher o sangue do sacrificado. Como esses
altares eram decorados e imensos. As facas de obsidiana.
Os braseiros...
Por que o coração era queimado de imediato? Como eles sabiam que o sangue está
carregado de vitalidade e davam o sangue de presente aos deuses para que esses
lhes dessem outro presente de sangue – a chuva. Com a chuva vinha a abundância.
O período de
maior incidência de sacrifícios foi sob reinado de Montzuma.
Outra coisa que
achei suuuuuuuper intrigante – duas estátuas, na verdade seres
identificados como ATLANTES. Que os atlantes usavam barba!
E novamente me surpreendeu saber que a palavra "atl" em nahua seria água! E ai me viaram à mente: atl-ântida, atl-ântico, atl-ante.
Tá, a gente sabe que todo povo mesoamericano são descendentes dos atlantes.
E novamente me surpreendeu saber que a palavra "atl" em nahua seria água! E ai me viaram à mente: atl-ântida, atl-ântico, atl-ante.
Tá, a gente sabe que todo povo mesoamericano são descendentes dos atlantes.
Atlantes |
Deusa Coatlicue |
COATLICUE
Junto com a Pedra do Sol, Coatlicue é outra peça representativa do Museu Nacional de Antropologia. É uma obra colossal não só pelo tamanho, como também pela sua manufatura e simbolismo.
Coatlicue era a deusa da terra, mãe de Huitzzilopochtli, Coyolxauhqui e os Centzonhuitznahua (as quatrocentas estrelas do sul). O mito conta que Coatlicue se encontrava varrendo em cima do morro Coatepetl quando uma bola de algodão branco caiu do céu. Ela recolheu e a guardou em seu peito e milagrosamente ficou grávida de Huitzilopochtli. A narrativa conta que Coyolxauhqui e o resto dos seus irmãos, furiosos pela concepção misteriosa de sua mãe, decidiram matá-la. No momento em que se dispunham a fazê-lo, Huitzilopochtli nasceu, com toda sua indumentária de guerreiro, portando o chimalli e a xiuhcoatl (serpente de fogo) arma com que destrói seus irmãos e mata sua irmã, decapitando-a e a jogando de cima do Coatepetl, ficando totalmente desmembrada. Esse mito, criado pelos mexicas para legitimar seu próprio patrono, narra o nascimento do novo sol, que governará o novo mundo.
A escultura ressalta por seus detalhes e a grande quantidade de símbolos que contém. A cabeça está formada por duas serpentes que se encontram frente a frente. Porta um colar de corações e mãos decepadas. Pode-se ver seus seios flácidos, que a associam com uma mulher de idade avançada. A saia é feita de corpos entrelaçados de cascavéis (daí o nome da deusa: "A saia de serpentes"). As extremidades inferiores são águia garras, na verdade, nos lados que você pode ver penas. A parte inferior da escultura é gravada com a imagem de Tlaltecuhtli.
Para entender melhor esse nacimento, ver o documentário abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=kJiZf7yaVeQ
SACERDOTE
A chuva sempre foi importante para os camponeses.
O culto aos
deuses da chuva teve um lugar importante na religião pré hispânica. Tláloc foi
o deus da chuva dos mexicas e o lado norte do templo Mayor de Tenochtitlan
esteve dedicado a ele. Essa peça representa um sacerdote do deus da chuva.
Porta uma máscara ou toucado com a efígie de Tláloc com suas viseiras típicas, decorações de papel plissado e
toucado cônico. Em sua mão
direita leva o bastão em forma de serpente que representa o raio e está
ataviado com um peitoral, um colar de
pimentas e flores.
Sacerdote do deus da chuva - imagem do Museu Nacional de Antropologia do México |
Sacerdote |
Sacerdote |
Nas entradas de alguns recintos do Templo Mayor, os mexicas colocavam grandes figuras em barro cozido, como estas representativas dos sacerdotes do deus da morte. Levam como insígnias toucado de algodão com grandes colares e um ornamento sobre o “máxtlat” constituído por uma rosa de papel e um elemento cônico; por sua posição, entende-se que tem o caráter fálico.
Adicionar legenda |
PEDRA DE TIZOC
Foi descoberta em 17 de dezembro de 1791 na Praça Mayor da Cidade
do México. É um monumento sobre o qual se levava a cabo o sacrifício degladiatório.
Esse ritual consistia em uma luta entre um prisioneiro de guerra e um guerreiro
mexica. O primeiro ia armado com um
cajado chamado macuauhuitl que, em lugar de navalhas de obsidiana, tinha bolas de
algodão ou de plumas. Por outro lado, o guerreiro mexica ia totalmente armado,
o que lhe dava maior vantagem no combate.
Fontes históricas mencionam um caso em que um prisioneiro logrou
derrotar seus contra atacantes. Seu nome era Tlahuicole, de origem
Tlaxcalteca e, ao ver seu valor e força, foi-lhe oferecida a salvação. Entretanto,
ele preferiu morrer em sacrifício.
Os desenhos esculpidos mostram o governante Tizoc sujeitando pelos cabelos a senhores de
distintos povos. Esta era uma maneira muito comum de representar a derrota do
inimigo. (Os farós egípcios também usavam esse tipo de subjugação para decoração de seus palácios e capelas nos templos). Sobre os cativos aparece o glifo da cidade vencida.
Pedra de Tizoc |
Sulco na Pedra de Tizoc para que o sangue do sacrificado escorresse. |
Um Coração |
Faca de sacrifício |
Como o assunto rende, é muito extenso, dividirei as postagens por salas visitadas.
Uma coisa seja
dita – a Ciudad de México, pelo menos por onde andamos, é bem limpa,
considerando o volume de habitantes. Não vi lixo nas ruas, nem mesmo nos
bairros mais afastados. O metrô também é muito limpo. Só os homens que não são
nada cavalheiros. No metrô ninguém se levanta para oferecer o banco a uma
senhora mesmo idosa. É mais fácil uma mulher se levantar e oferecer seu lugar a
outra. Entretanto, um rapaz salvou a pátria. Ofereceu-me seu lugar no metrô.
Há muita comida
feita na rua. Olho tudo com olhos bem desconfiados. Cada comida que nem imagino
o que seja. Prefiro não me arriscar.
No Zócalo há
muitos sanitários públicos não tão públicos. De longe se vê a placa WC e, ao
custo de 3 pesos, você não ficará apertada. Ainda bem que não fiz uso de tal
serviço pra dizer da qualidade, mas o Carlão, pelo sim e pelo não, mesmo
pagando 3 pesos e tendo direito a um metro de papel higiênico, sempre andou com
o seu de uso pessoal. Ele se cuida! Hahahaha
Água, muita
água. A altitude exige de você a ingestão de muita água sob pena de ficar com
dor de cabeça, a pele fica parecendo pele de jacaré, lábios secos e um
belo cansaço.
Padarias. Por
onde andam essas especialidades? Só encontramos uma no caminho do Museu da
Frida.
PALÁCIO DE BELLAS ARTES E O BALÉ FOLCÓRICO DO MÉXICO
Bom, retornamos
ao hotel seguindo as indicações do Sr. Hugo, funcionário das Informações
Turísticas, apanhamos um camiñón ali mesmo, do outro lado da rua, a linha
Índios Verdes que nos deixou ao lado da Glorieta del Angel. Seguimos a pé
examinando os restaurantes pelo caminho. Optamos por china que pelo menos tinha
uma comida mais conhecida e não corremos o risco de mergulhar na pimenta.
PALÁCIO DE BELLAS ARTES E O BALÉ FOLCÓRICO DO MÉXICO
À noite fomos
ao Palácio de Belas Artes, assistir ao Balé Folclórico do México. Compramos os
ingressos no Museu de Antropologia.
http://www.google.com/intl/pt-BR/culturalinstitute/worldwonders/palace-finearts/#tab=videos&ql=1
"
Dos muitos prédios iniciados durante o governo do presidente Porfirio Diaz, o Palacio de Bellas Artes é o mais majestoso e importante centro cultural da Cidade do México. O exterior em mármore beaux-art com elementos de art nouveau é uma obra-prima que reflete o projeto original do arquiteto italiano Adamo Boari e foi idealizado para as comemorações centenárias da independência do México em 1910. Os arquitetos Alberto J. Pani e Federico Mariscal, que decoraram o interior especialmente com composições em art déco, foram os responsáveis por sua conclusão. Sua inauguração foi celebrada em 1934. Ocupado pelo Instituto Nacional de Bellas Artes em 1947, o Palacio de Bellas Artes foi centro de grandes eventos de ópera, dança, música, arte e literatura. Materiais de construção experimentais para a época de sua construção, como o cristal ou o vitral projetado pelo arquiteto húngaro Géza Marióti, criaram galerias iluminadas naturalmente por claraboias.
O interior é adornado por decoração arquitetônica que representa a vida vegetal e animal do México, máscaras com motivos pré-hispânicos em estilo art déco e murais executados por alguns dos maiores artistas mexicanos, inclusive Diego Rivera, José Clemente Orozco, David Alfaro Siqueiros e Roberto Montenegro. Há salas de exibição para esculturas e pinturas. O prédio também abriga o Museo Nacional de Arquitectura e o Teatro Nacional.
Décadas de manutenção protelada e falha nos pontos de junção entre vários sistemas, como o bloco de vidro, concreto, cúpula ladrilhada e lâminas de cobre ao longo das asnas da cúpula, resultaram em grave deterioração da estrutura. Os mesmos problemas estruturais levaram a infiltração de água pelas claraboias, pondo seriamente em risco os espetaculares murais do palácio."
http://www.google.com/intl/pt-BR/culturalinstitute/worldwonders/palace-finearts/#tab=videos&ql=1
"
Dos muitos prédios iniciados durante o governo do presidente Porfirio Diaz, o Palacio de Bellas Artes é o mais majestoso e importante centro cultural da Cidade do México. O exterior em mármore beaux-art com elementos de art nouveau é uma obra-prima que reflete o projeto original do arquiteto italiano Adamo Boari e foi idealizado para as comemorações centenárias da independência do México em 1910. Os arquitetos Alberto J. Pani e Federico Mariscal, que decoraram o interior especialmente com composições em art déco, foram os responsáveis por sua conclusão. Sua inauguração foi celebrada em 1934. Ocupado pelo Instituto Nacional de Bellas Artes em 1947, o Palacio de Bellas Artes foi centro de grandes eventos de ópera, dança, música, arte e literatura. Materiais de construção experimentais para a época de sua construção, como o cristal ou o vitral projetado pelo arquiteto húngaro Géza Marióti, criaram galerias iluminadas naturalmente por claraboias.
O interior é adornado por decoração arquitetônica que representa a vida vegetal e animal do México, máscaras com motivos pré-hispânicos em estilo art déco e murais executados por alguns dos maiores artistas mexicanos, inclusive Diego Rivera, José Clemente Orozco, David Alfaro Siqueiros e Roberto Montenegro. Há salas de exibição para esculturas e pinturas. O prédio também abriga o Museo Nacional de Arquitectura e o Teatro Nacional.
Décadas de manutenção protelada e falha nos pontos de junção entre vários sistemas, como o bloco de vidro, concreto, cúpula ladrilhada e lâminas de cobre ao longo das asnas da cúpula, resultaram em grave deterioração da estrutura. Os mesmos problemas estruturais levaram a infiltração de água pelas claraboias, pondo seriamente em risco os espetaculares murais do palácio."
Vitral projetado pelo arquiteto húngaro Géza Marióti |
Detalhe do vitral projetado pelo arquiteto húngaro Géza Marióti para a cúpula do Palácio de Bellas Artes - México |
O Palácio das Belas Artes é construído em mármore carrara, no estilo de Art Noveau
O teatro por dentro nem sei se é mais luxuoso que o hall, mas a cúpula, aaah, a cúpula me tirou o fôlego. Que coisa mais linda! É um vitral maaaaaaaaravilhoso onde as nove musas estão representadas bem ao estilo que identifiquei com a escola dos Pré Rafaelitas. Cada musa a mais bonita e ao centro, um mancebo não menos belo. Fiquei de pescoço doendo de tanto olhar pra cima e fotografar.
O teatro por dentro nem sei se é mais luxuoso que o hall, mas a cúpula, aaah, a cúpula me tirou o fôlego. Que coisa mais linda! É um vitral maaaaaaaaravilhoso onde as nove musas estão representadas bem ao estilo que identifiquei com a escola dos Pré Rafaelitas. Cada musa a mais bonita e ao centro, um mancebo não menos belo. Fiquei de pescoço doendo de tanto olhar pra cima e fotografar.
O espetáculo em
si foi soberbo, mas, confesso, me amarrei na primeira apresentação que dava um
quê de passo marcial, bem característico da alma guerreira dos astecas.
Na verdade, segundo o programa, a dança chamada LOS TAMACHINES, tem origem nos costumes dos povos pré hispânicos de dançar com seus deuses. Essa dança é feita na região norte do México e se realiza exclusivamente durante as celebrações religiosas.
https://www.youtube.com/watch?v=BC4mWwki90cNa verdade, segundo o programa, a dança chamada LOS TAMACHINES, tem origem nos costumes dos povos pré hispânicos de dançar com seus deuses. Essa dança é feita na região norte do México e se realiza exclusivamente durante as celebrações religiosas.
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